domingo, 30 de março de 2014

Bacalhau a moda do Léo

Boa noite pessoal,

Hoje (domingo), minha mãe, sogra, cunhada e concunhado vieram almoçar em minha casa, e resolvi fazer um bacalhau ao forno. Ficou muito bom!

Espero que gostem!

Bacalhau ao forno a moda do Leonardo

1,0 kg de bacalhau salgado
100 g de molho de tomate
800 g de batatas descascadas e em fatias
1 pimentão cortado em tiras
2 cebolas grandes fatiadas
2 dentes de alho picadinhos
2 tomates maduros fatiados
100 g de azeitonas pretas sem caroço
3 ovos cozidos em rodelas
1 pitada de pimenta-do-reino (se gostar)
salsa picada
azeite para regar
sal a gosto

Deixe o bacalhau de molho de um dia para o outro, trocando a água pelo menos 3 vezes, desfie e reserve.
Em uma panela grande, coloque as batatas, cubra com água e cozinhe por cerca de 20 minutos, com a panela tampada. Escorra, corte as batatas em rodelas finas e reserve.
Doure o alho no azeite e refogue o bacalhau com o sal e a pimenta-do-reino, adicione o molho de tomate e adicione um pouco de água.
Em um refratário untado com azeite, faça camadas, começando com os tomates, depois a cebola, as batatas, o Bacalhau, os pimentões, as azeitonas e o cheiro-verde.
Repita o processo e finalize com os ingredientes que restarem.
Finalmente, distribua sobre a superfície as rodelas de ovo cozido, regue com o azeite de oliva e leve ao forno baixo (150°), pré-aquecido, por cerca de 1 hora ou até que os ingredientes estejam "al dente"
Sirva em seguida.
Sirva com arroz branco, salada verde e vinho

Abraços a todos e uma ótima semana!!!

sexta-feira, 28 de março de 2014

O que comemos?

Boa noite a todos,

Ultimamente conheci algumas pessoas pelo Facebook que são candidatas ou já realizaram a Gastroplastia (redução de estomago), e todas elas sempre perguntam: "O que você consegue ou pode comer?"
E a minha resposta é sempre a mesma: "Consigo e como de tudo!"
Depois da gastroplastia, é logico que temos que moderar e muito as coisas que comemos, tanto em quantidade quanto em variedade. Eu tento ao máximo evitar comer embutidos (salsicha, presunto, mortadela, etc.), comidas pesadas, gordurosas, frituras, etc. Mas eu disse "evitar" e não "nunca mais comer".
Como de tudo, sempre em pouca quantidade, mas não por que faz algum mal relacionado a cirurgia, mas sim porque não quero engordar novamente.
Conversando hoje com uma amiga (a Jacqueline) da empresa em que trabalho, estávamos falando de alguns pratos culinários, ai veio a ideia, "por que não postar as coisas que cozinho com fotos e a receitas do que fiz?!"

Bom, não tenho formação pra isso, não sou chefe de cozinha, mas gosto muito de me arriscar, gosto de misturar sabores, inventar pratos, as vezes acerto, as vezes erro, mas eu tento!
O que vou postar aqui a partir de hoje, serão as minhas experiências na cozinha e conto com a ajuda de vocês, mandem sugestões de pratos, deem pitaco nas minhas receitas, mas lembro a vocês que serão sempre em pequenas porções, pois não comeremos muito! Hoje eu digo que eu não como mais pra encher a barriga e sim pra degustar, e sem dúvida, degustar é muito melhor!!!!

Dúvidas e sugestões enviem para leo.rpmoreira@gmail.com

Pra começar, vou postar um dos pratos que mais gosto: 

Pescoço de Peru com cenoura e batatas.


1 kg de pescoço de peru
1 cebola grande cortada em rodelas
1 cenoura grande em rodelas
3 batatas grandes em cubos ou rodelas
Salsa e cebolinha a gosto
5 dentes de alho
Sal a gosto
Pimenta-do-reino a gosto

Em uma panela de pressão grande frite os pescoços de peru com o alho e pimenta-do-reino.
Vai soltar água, coloque mais 2 copos de água e coloque na pressão.
Após pegar pressão espere 20 minutos.
Retire da pressão com o fogo aceso, acrescente a cebola, a batata e a cenoura, veja no caldo se está bom de sal.
Se a carne estiver soltando do osso apenas cozinhe mais um pouco, até o caldo engrossar.
Se estiver durinha coloque mais na pressão.
Acrescente a salsa e a cebolinha e sirva.

Rende 5 porções.

Fica ótimo acompanhado de uma cerveja bem gelada e rodeado de pessoas legais para degustar o prato.

Acho que cozinhou um pouco demais!


Abraço a Todos!!!!!!

terça-feira, 25 de março de 2014

"Notícia" - Você sabe a quantidade de açúcar que tem nos achocolatados em pó?

"O açúcar está no topo da pirâmide alimentar o que significa que seu consumo deve ser reduzido. Uma colher de chocolate em pó pode atingir o limite diário de consumo de açúcar de uma criança."

Não é segredo. A informação está na embalagem e a constatação no fundo do copo. Quem nunca terminou de tomar um leite com achocolatado e notou a sobra de açúcar? Mas será que o consumidor tem a exata noção do excesso de sacarose nesse produto alimentício? Em tempos de redes sociais, nada é perdoado. E com o avanço da obesidade entre crianças e adolescentes brasileiros, a mobilização também é crescente. O movimento Infância Livre de Consumismo publicou na internet imagens que desvendam a quantidade de açúcar presente no alimento e assustou muita gente.

Resultado da pesquisa 'Marcas Líderes de Vendas Nielsen/SuperHiper' da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) de 2014 revela que o Nescau/Nestlé é o mais vendido seguido do Toddy/Pepsico. Na sequência, aparecem o Ovomaltine/AB Foods, Nesquik/Nestlé e Santa Amália/Santa Amália. Seguindo o critério de marcas mais vendidas no Brasil, o Saúde Plena mostra a quantidade de açúcar presente em cada um dos produtos da categoria achocolatados.


Para se ter uma ideia, 75% da embalagem de Nescau e 90% da embalagem do Toddy são de açúcares. Veja gráfico:

A escolha de alimentos é livre e nenhum especialista em criança quer cercear esse direito. O que se faz necessário em tempos de epidemia de obesidade, como vem alertado a Organização Mundial de Saúde (OMS), é informação para que a decisão seja consciente. A nutricionista Cláudia Guimarães, que trabalha com educação e reeducação alimentar há 18 anos, faz um primeiro alerta: “Assim como o café, o achocolatado também diminui a absorção do cálcio”. Para ela, a presença desse pó nas mamadeiras e copos de meninos e meninas é um hábito familiar que vem sido passado de geração a geração. Além disso, funciona, em muitas situações, como um facilitador para que a criança tome o leite “exatamente pelo sabor bastante adocicado”, diz Cláudia. A nutricionista sequer considera o produto industrializado como um alimento. “É algo que dá sabor, mas como tem indicação de energia, as pessoas acham que é bom. Mas qual energia? O açúcar simples que está no topo da pirâmide alimentar”, responde a própria especialista.


Pirâmide alimentar é um gráfico que distribui os grupos alimentares e as proporções que cada um deles deve ser ingerido e serve como um roteiro para uma alimentação saudável. “O açúcar está no topo e o espaço desse topo é reduzido. Isso quer dizer que o consumo deve ser reduzido”, explica Cláudia.


Nutricionista especializada em pediatria, Karine Durães concorda. “O achocolatado é dispensável por conta do excesso de açúcar. A sacarose ou o açúcar branco não são necessários na vida da criança. Esse carboidrato simples, de alto índice glicêmico, não tem nutrientes. O ideal é que esse carboidrato viesse de outras fontes como cereais, tubérculos e frutas”, recomenda. A especialista lembra ainda que o excesso de consumo de açúcar predispõe a criança a doenças crônicas como diabetes, colesterol alto e obesidade. “Para proteger a criança, o consumo de açúcar deve ser limitado. Acontece que uma colher de achocolatado muitas vezes já é o máximo de açúcar que a criança deve consumir durante o dia”, explica. Para piorar, de acordo com ela, o açúcar está presente também em outros alimentos consumidos diariamente pelos pequenos como bisnaguinhas, biscoitos, doces, alguns molhos de tomate, sucos industrializados. Ou seja, em apenas uma refeição como o café da manhã, por exemplo, é muito provável que meninos e meninas estejam ingerindo açúcar em porções superiores às que precisam.

Karine observa, no entanto, que algum açúcar pode sim, ser consumido por crianças maiores de 2 anos. “Mas é necessário escolher o açúcar que essa criança irá consumir. Se optar por tomar achocolatado uma vez ao dia, não cabe mais açúcar na dieta dessa criança. A pirâmide alimentar infantil sugere até uma porção ao dia, que representa uma colher de açúcar refinado”, reforça.

Cláudia Guimarães acredita que a facilidade pode ser também uma das razões para as famílias optarem pelo achocolatado no leite das crianças. “Pensar a saúde da criança significa ir além da praticidade. Será que esse pai ou essa mãe pararam para pensar ou estão repetindo um hábito? Nutricionalmente, o achocolatado não é interessante por causa da quantidade de açúcar. Além disso, as crianças ficam habituadas a sabores muito doces”, alerta.

Vice-presidente do Comitê de Nutrologia da Sociedade Mineira de Pediatra, Joel Alves Lamounier explica que o gosto adocicado é algo que o ser humano tem mais predileção. “Nossa cultura valoriza muito o açúcar. O costume de alimentos muito adocicados é um hábito e deveria ser combatido desde a infância. Mas para que isso aconteça, precisa-se também da ajuda dos pais em mudar os seus próprios hábitos e reduzir a quantidade de alimentos doces ou de açúcar nos alimentos”, diz. Para ele, a informação seria uma das formas para provocar mudanças.

O pediatra afirma que os achocolatados não são exclusividade do cardápio das crianças. “As características sensoriais e nutricionais do produto, assim como a conveniência e praticidade, fazem com que o alimento seja bem aceito”, pondera. Lamounier ressalta, entretanto que “na apresentação mais simples, o achocolatado contém cerca de 70% de sacarose ou de outros açúcares e cerca de 30% de cacau em pó. Outros ingredientes típicos usados na formulação de achocolatados comerciais incluem extrato de malte, açúcar e glicose, vitaminas e sais minerais como suplementos. A fortificação de achocolatados com sais de ferro vem sendo realizada com o intuito de diminuir o índice de anemia. Eles são consumidos por pessoas de todas as idades e no rótulo dos produtos estão descritas as quantidades dos nutrientes que compõem os achocolatados”, alerta.

No caso específico das crianças, o especialista aponta o impacto do excesso de açúcar na alimentação de meninos e meninas. “Podemos começar pelas cáries dentárias, fato já bastante comprovado. O excesso de açúcar pode levar ao excesso de peso, pois no metabolismo se transforma em gordura”, enumera. Além disso, o pediatra reforça que o consumo exagerado açúcar pode desencadear o diabetes. “Neste caso, cuidado maior devem ser tomados em casos de história de diabetes na família”, fala.

Quero mudar
A mudança de hábito alimentar não é uma tarefa fácil. Se não é para os adultos, imagine para os pequenos. Culinarista infantil, estudante de gastronomia e mãe de Eduardo, de 3 anos, Thais Ventura é autora do blog ‘As delícias do Dudu’. Foi um texto dela que gerou a mobilização do Infância Livre de Consumismo para alertar pais e mães sobre a quantidade de açúcar presente nos achocolatados. Ela acredita que muitas famílias têm no leite o refúgio da boa alimentação infantil, mas lembra que existem crianças com alergia ao alimento que crescem saudáveis. “O leite não pode ser o principal alimento de uma criança depois de um ano de idade. O cálcio é um nutriente que não pode faltar para a criança, mas existe uma infinidade de alimentos que podem suprir essa necessidade diária”.

Uma dica que ela dá para os casos das crianças que já se acostumaram com o leite com o chocolate em pó é tentar o caminho reverso. “A família pode começar com o cacau em pó para manter a cor da bebida e acrescentar açúcar mascavo. Com o tempo, vai diminuindo a quantidade de açúcar até que o paladar da criança se acostume”, indica.

Cláudia Guimarães sugere o leite batido com fruta. “É rico em fibra e sais minerais”, afirma. A nutricionista diz que os pais podem começar com uma brincadeira associando a cor da fruta com o resultado do leite batido para entusiasmar meninos e meninas para a mudança.

O pediatra Joel Alves Lamounier afirma que o leite é uma das melhores fontes de cálcio que a criança tem na alimentação. “Sua importância está principalmente na formação de ossos e dentes, além de outras funções no organismo”.

Outras fontes de cálcio
Vale lembrar ainda que o leite não é o único alimento rico em cálcio. “Iogurtes, queijos, algumas verduras verde-escuras, gergelim, coentro, peixes, crustáceos e bebidas vegetais fortificadas também são ricos em cálcio”, enumera Karine Durães.

Lamounier cita o brócolis, espinafre, agrião. Entre os peixes, salmão, bacalhau e sardinha também são ricos em cálcio, além dos cereais e dos próprios derivados de leite. “É importante lembrar que a vitamina D exerce papel fundamental na fixação do cálcio nos tecidos duros e a principal fonte de vitamina D é o sol, pelo menos 15 minutos diariamente. Mas alimentos como ovos, óleos vegetais, manteiga e vísceras animais também contêm a vitamina. A absorção do cálcio pode ser prejudicada pela presença de fibras na dieta e deve ser evitado cafeína e proteína em excesso”, completa.

Segundo o pediatra, a Academia Americana de Pediatria passou a recomendar maiores quantidades de cálcio de acordo com as faixas etárias (veja tabela). “É importante lembrar também que o cálcio está relacionado com a osteoporose, e, portanto, a preocupação de uma boa ingestão desse nutriente na alimentação”, informa.

O Ministério da Saúde recomenda o consumo de 1.000 miligramas de cálcio ao dia para adultos e de 700 miligramas para crianças de 7 a 10 anos, segundo Lamounier. Para as mulheres que já passaram pela menopausa, o consumo deve ser de 1.300 miligramas por dia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). “A ingestão do mineral também deve ser aumentada no crescimento, durante a gravidez e no período da lactação”, diz o especialista.


Atenção na hora de escolher o leite
Outra preocupação que as famílias precisam ter é na hora de escolher o leite. “Sugiro o consumo de leite tipo A, que tem uma cadeia de processo mais controlada, portanto, mais passível de ser livre de contaminação”, indica Karine Durães. Cláudia Guimarães recomenda também o leite de soja suplementado.

E uma última dica: trocar o leite com achocolatado por iogurte de morango não resolve. “Iogurtes prontos já são adoçados. O ideal é o iogurte natural batido com fruta”, afirma Karina Durães. Além disso, Cláudia Guimarães reforça que o iogurte de boa qualidade que tem lactobacilos ajuda ainda a equilibrar a flora intestinal.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/03/25/noticia_saudeplena,147978/voce-sabe-a-quantidade-de-acucar-que-tem-nos-achocolatados-em-po.shtml

Valéria Mendes - Saúde PlenaPublicação:25/03/2014 09:00 Atualização:24/03/2014 15:23

sexta-feira, 14 de março de 2014

"Notícia" - Cirurgia bariátrica é último recurso para tratamento da obesidade

"Cirurgia bariátrica integra um complexo tratamento para amenizar o sofrimento causado pela obesidade, mas é o último passo a ser dado. Acompanhamento pós-operação é um problema: muitos pacientes, ao emagrecer, abandonam as consultas e engordam"

Quando todos os tratamentos clínicos, como o acompanhamento de psicólogos, psiquiatras, nutricionistas, nutrólogos e endocrinologistas, não dão certo, ou seja, não auxiliam uma pessoa que tem obesidade severa a perder peso, o último caminho é a cirurgia. É aí que começa outro calvário para muitos pacientes. Há no Brasil, de acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), 8 milhões de brasileiros com indicação para a cirurgia de redução de estômago. No ano passado, foram feitos 80 mil procedimentos cirúrgicos, desses 10% via Sistema Único de Saúde (SUS). O número é considerado muito alto. “A obesidade só aumenta e as cirurgias não são tão simples. Por isso é tão importante a prevenção”, comenta o presidente da SBCBM, Almino Ramos.

De acordo com dados recentes da entidade, o estado que menos fez cirurgia de redução no estômago pelo SUS até setembro foi a Paraíba, com apenas um paciente operado. Por outro lado, o campeão de procedimentos foi o Paraná, com 2.318. Em Minas Gerais, foram feitas 159 (veja quadro). Segundo avaliação de Almino, com os 8 milhões de brasileiros obesos esperando para entrar no bloco cirúrgico, não é fácil para o SUS absorver tudo isso. “Em alguns centros para o procedimento a espera é de meses, mas em outros pode chegar a anos. Há quem morra na fila”, reconhece.

Várias pessoas com o grau mais severo da doença, o 3, ouvidas pelo Estado de Minas na série “Muito além
do peso”, que começou no domingo e termina hoje, estão à espera da intervenção cirúrgica e dizem que, só assim, acreditam que poderão ter uma vida novamente. A maioria já está na fila do SUS há mais de 10 anos e conta que, à medida que o tempo passa, ganha mais peso, perdendo as esperanças de ser atendida. Os especialistas apontam vantagens no procedimento, mas alertam que, se não houver acompanhamento clínico completo depois da cirurgia, é provável que o obeso volte a ter o peso que tinha antes. Para ter ideia desse risco, de acordo com dados da SBCBM, de 10% a 12% dos operados não emagrecem. “A intervenção cirúrgica está dentro de um programa de emagrecimento, de reeducação alimentar”, avisa Almino.

De acordo com ele, não é todo obeso com grau 3 que tem a cirurgia indicada. O primeiro tratamento de uma pessoa nessas condições é o procedimento clínico, com reeducação alimentar, psicólogo, psiquiatra, atividades físicas e, em muitos casos, medicação. “Se essa pessoa não conseguir e tiver problemas de saúde, como diabetes ou hipertensão, a cirurgia é indicada. Mas é importante que todos saibam que o método é uma ponta do tratamento, não é para emagrecer, é para tratar das doenças”, avisa Almino.

A cirurgia representa, segundo a entidade, 50% do resultado do tratamento da obesidade e a promessa é da perda de 30% a 40% do peso. Existem vários tipos de cirurgia (veja quadro), mas, de acordo com Almino, eles são reduzidos basicamente a dois: redução de estômago e outros procedimentos, que, além do estômago, intervêm no intestino. As mais modernas chegam a custar de R$ 20 mil a R$ 50 mil. Atualmente, de acordo com Almino Ramos, os planos de saúde têm feito a cobertura do procedimento quando o paciente recebe a indicação para operar. Mas, antes de entrar para o bloco cirúrgico, há uma preparação para que a cirurgia ocorra.

FANTASIA
No Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG), em Belo Horizonte, antes da cirurgia, o paciente passa por vários atendimentos. Segundo conta Emma Castro, psicóloga, psicanalista e professora do Departamento de Psicologia da UFMG, de tanto esperar pelo método, muitos obesos chegam para o procedimento estressados. A cirurgia no HC/UFMG é feita desde 1994 e, segundo Emma, nos últimos anos tem aumentado a quantidade de operados. “Os pacientes são encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde de cada cidade. São, geralmente, 60 obesos atendidos no ambulatório por mês”, conta.

A primeira medida da equipe multidisciplinar é trabalhar a fantasia que há em relação à cirurgia. “Muitos enxergam que, com o método, a vida dele vai mudar completamente. Nosso trabalho psicológico é trabalhar exatamente isso. Aqueles que desejam um corpo de Barbie não vão ter. O mais importante nessa abordagem é eles se colocarem no lugar de si mesmos. O que vai mudar é que, em vez de ter 190 quilos, terá 70. O mundo não vai mudar”, comenta a professora, acrescentando que, se a pessoa cria uma expectativa muito grande para a operação e depois vê que nada daquilo que ela esperava aconteceu, corre o risco de passar a compulsão da comida para alguma outra coisa ou até mesmo burlar a cirurgia e voltar a comer. “Depois que você perde 70 quilos, por exemplo, seu corpo não é mais devagar. Se antes, você tinha uma resposta pronta para não ir a determinado lugar, porque não conseguia, isso vai mudar. Você passa a ter um corpo de possibilidades, de trabalho, vida sexual ativa. Será que esse obeso quer mesmo isso?”, questiona. Por essa e muitas outras questões que o preparo antes da cirurgia, segundo Emma, é fundamental para o tratamento da obesidade.

O grande problema é o pós-cirúrgico. “Na área psicológica, a gente só libera o paciente para o procedimento quando ele está apostando em si mesmo. Mas muitos não aparecem no tratamento, que deve continuar, ele não termina quando é feita a cirurgia”, comenta. “Como acham que estão bem, porque estão emagrecendo, demoram três anos para voltar a nos procurar e, quando procuram, muitos estão acima do peso novamente”, acrescenta.

O que é
A cirurgia bariátrica e metabólica – também conhecida como cirurgia da obesidade, ou, popularmente, redução de estômago – reúne técnicas com respaldo científico destinadas ao tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele. O conceito metabólico foi incorporado há cerca de seis anos pela importância que a cirurgia adquiriu no tratamento de doenças causadas, agravadas ou cujo tratamento/controle é dificultado pelo excesso de peso ou facilitado pela perda de peso – como o diabetes e a hipertensão –, também chamadas de comorbidades.


Retorno é essencial
O problema não é particularidade dos pacientes do Sistema Único de Saúde. De acordo com o diretor técnico do Instituto Mineiro de Obesidade e Cirurgia, René Berindoague, os operados do sistema privado cometem o mesmo erro. Em Belo Horizonte, são feitas cerca de 30 operações de redução gástricas por dia. “No ano passado, o Hospital Life Center, na capital, esteve entre os cinco que mais operaram casos de obesidade no Brasil”, destaca Berindoague. Segundo ele, o grande problema está no retorno dos pacientes.

“A cirurgia é o maior passo que o paciente pode dar, mas ele é parte de um tratamento. Depois da cirurgia, as pessoas têm que seguir as visitas agendadas pela nossa equipe. Muitas vezes, essas consultas são trimestrais, com psicólogos, nutricionistas e outras especialidades. Mas muitos pacientes do interior não voltam; às vezes, chegam a vir apenas uma vez no ano. Cerca de 70% dos pacientes que não retornam às consultas das equipes voltam a ganhar peso”, acrescenta, referendando o mesmo cenário vivido no Hospital das Clínicas da UFMG.

Luciane Evans
Publicação:19/02/2014
http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/02/19/noticia_saudeplena,147638/cirurgia-bariatrica-e-ultimo-recurso-para-tratamento-da-obesidade.shtml

quinta-feira, 6 de março de 2014

"Notícia" - Cirurgia de redução de estômago pode levar ao alcoolismo, diz estudo



Cirurgias de redução do estômago e outros procedimentos usados como tratamento para a obesidade podem fazer com que os pacientes se tornem alcoólatras, dizem pesquisadores. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

Cientistas noruegueses estão prestes a começar um estudo com 30 pacientes que estão passando por tratamentos do tipo para avaliar se são capazes de mudar a reação do corpo com relação ao álcool. Eles suspeitam que este tipo de cirurgia pode alterar a química do organismo, fazendo com que o álcool pareça mais satisfatório e gratificante. Diversos pacientes já admitiram que passaram a beber consideravelmente mais após o procedimento e um estudo feito na América em 2012 sugeriu que este hábito pode dobrar o risco de alcoolismo.

Magnus Strommen, da St. Olav’s University, que está à frente do estudo, disse que algumas complicações relacionadas ao procedimento já são conhecidas, “mas o aumento do risco do desenvolvimento de alcoolismo nos pegou de surpresa”. “Parece que ela aumenta a disponibilidade do álcool no sangue. Além disso, normalmente uma concentração de álcool atinge seu pico em cerca de 30 minutos, mas, após a cirurgia, o auge pode ocorrer nos primeiros 5 ou 10 minutos”, observa. Ele afirma, ainda, que conheceu diversos pacientes que se tornaram alcoólatras após a cirurgia. “Eles não são mais obesos, mas têm que lidar com um problema novo e sério.”

O desvio gástrico, procedimento em que o estômago é reduzido e os pacientes se sentem saciados mais rapidamente, é um dos mais populares para combater a obesidade e cerca de 5.400 pessoas se submetem ao tratamento pelo Sistema Nacional de Saúde britânico por ano. Geralmente, os pacientes perdem cerca de metade ou dois terços do peso. No mês passado, pesquisadores do Imperial College London afirmaram que 2 bilhões de britânicos são obesos o suficiente para serem qualificados aptos à cirurgia. As pessoas mais propensas são mulheres aposentadas ou com qualificações educacionais e nível sócioeconônimo baixos.

Fonte: http://saude.terra.com.br/cirurgia-de-reducao-de-estomago-pode-levar-ao-alcoolismo-diz-estudo,c5b3cd7f57c14410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html